quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Busca

Lendo, hoje, na livraria, um livro, li algo que me chamou a atenção, o tédio gera a ansiedade,  como o tédio gera ansiedade? Descoberta única para alguém de 31, prestes a encarar que algo simples, que ao menos poderia me render um pouco de introspecção, mas muito positiva, me move para outro sentimento, totalmente alienatório! Eu indo na contramão das minhas buscas, sim, buscas, são várias, e todas ao mesmo tempo agora, corre, foi dada a largada. Como diria uma amiga: CACETA!
Talvez esse texto, só sirva para mim, um breve devaneio noturno primaveril, quando leio alguns autores, em especial Eckart, muitas perguntas se mantém só como devem ser, perguntas, e eu, por ora, me contento com o que elas são, sem as respostas, ou, ainda melhor, eu permito elas existirem, sem encanar. Ah, as vezes eu amo sentir o que sinto. Mas ainda, só: as vezes!

terça-feira, 10 de agosto de 2010

E quando é que a gente tem a certeza, hein?

Papo "brabo", dia desses (como diria meu tio Cide, tarbateano de arma), ganhei uns ingressos para ver uma peça, que fala sobre as questões que afligem a mulher de 30, eita ferro (como diria minha candaguinha preferida, Júrubeba), continuando, sem mais delongas, ganhei o par, portanto o dei a minha irmãzita, ela como a exemplo da peça e eu também, mulheres de 30.
Para que essa mulher independente, "pudesse" aceitar o convite, fez o que coube a ela fazer, deixar sua bebê devidamente alimentada, trocada, perfumada e "mamada" (no caso aqui, é de leite, viu?) entregue nas mãos do papá, que subitamente correu para a sua mãe (nada contra, fez mais que o certo, criança dá trabalho!!), afinal sua mulher que diga-se de passagem, carrega alimentada, mamada, trocada e perfumada para a casa da sua mãe antes das 9, para que as 9:15 seu celular comece a tocar e seja sua secretária dizendo que o paciente chegou e volte as 12:00, para uma paradinha clássica de lanche, banco e mais alimentada, mamada e perfumada, e o celular toca de novo, paciente, ah sim, por volta das 19:30, quem sabe 20:00, a mulher de 30 retorna para parada básica de lanchinho, ah e alimentada, trocada, perfumada e mamada, não tudo nessa mesma ordem, aqui no caso, a ordem nem sempre altera os fatores, vale citar nos 5 dias da semana, 20 no mês e 240 no ano, afinal, afinalll, ganhou uma alforria, de horas sim, mas ganhou. 
Alforria de si própria, do próprio julgamento, da culpa, da tola culpa das mães. A emancipação, esse papo todo de feminismo (chato, diga-se de passagem), independência, tudo muito confuso e muita incerteza sobre estarmos fazendo a coisa certa!

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Assinado: Filha Bob

Meu pai, "adentrou" no mundo da net, faz até um tempinho, mas ele ainda insiste em enviar ppt, corrente e piadinhas que rolam há no mínimo uns 10 anos, não sei como é o seu, mas o meu continua insistindo, e que insistência, o melhor, ele me pergunta se eu vi. E aí Dé, filha? Vc viu lá o que eu te mandei? Hã? Ah tá, legal, né? (eu uso a palavra legal quando eu prefiro não dizer o que de fato eu penso! )
Confesso que eu abro tudo, eu fico com peso na consciência, e essa foi e é a maneira que encontramos para ficarmos mais próximos, my daddynho, usa a net para pedir desculpas, para alertar sobre amores, para marcar comemorações, e o mais, o top: ele sempre manda para mim, minha hermana e mamis, a ordem do envio, vai de acordo para quem  e com quem ele quer "falar", se vem e-mail de arquitetura, hotéis pelo mundo, obras faraônicas, eu sou a primeira, se é área da saúde e família, mamis, se é sobre pais, filhos e viagens, minha hermanita. Batata ele mandar mail se houve uma discussão na hora da "janta", porque aqui em casa, se coloca a mesa "prá" jantar! É exigência do meu véinho, eu detestava isso quando criança, todos meus amiguinhos comiam vendo tv, mas aqui não, o Zé falava assim: filho meu come na mesa! Sem discussão, só um resmungation, mas bem miudinho. Eu amo mesa posta, eu amo o quão reconfortante é ter os pratos a mesa, o fogão fumegando e o meu véinho chegando.
O Zé, é do tipo inesquecível, cheio de sabedoria, Homem criado na vida, "sácomoé"?, aqui não é homem de condomínio não!
Mas mais que isso, o Zé, é meu pai, eu admito que o admiro pela competência em ser o que é, pela intensa e imensa generosidade, pela ainda, e muitas vezes, ingênua e doce inocência, daqueles que acreditam sempre. 
O MEU PAI (enchi a boca agora)é mais do que as "minhas" palavras podem dizer.
Encerro por aqui com um: Amo você Pai!!    

sábado, 31 de julho de 2010

Pra São Jorge

Num dia qualquer de um ano qualquer, com um clima qualquer, minha mãe decidida a mudar meu astral, me levou ao melhor dos passeios de uma mulherzinha gay, SHOPPING. Me acabo, e detesto homem no meu pé nesse dia célebre! Acabará de ser demitida. Bem coisa de mãe mesmo, parou na banca, e comprou uma camiseta de São Jorge para mim, não sou devota, os santos não me ouvem, acho que é porque eu falo baixo, lembrete amigo: pensar em gritar nas próximas; a Maria falou para mim: pede filha, pede um emprego, pede um marido bom, dei uma risadinha de leve para a Mary, há, vou pedir. Mas eu pedi, tudo, tudo é o que está imaginando mesmo, trabalho, quilinhos a menos (óbvio) e pedido mulherzinha gay mesmo, homi! Duvidei grandão, mas apareceu e rápido. Desde então tenho um apreço pelo danadinho, do São Jorge, claro. Comprei estátua para fazer graça, descobri que é o padroeiro do TIMÃO (eu não ligava os pontos) e não é que me agradou a cantoria para ele, o Santo.Mas eu ainda não entendo essa parada de santo, como tem uma galera que pede, leva a sério mesmo e consegue. A devoção, e jamais o fanatismo, na minha singela opinião é muito lindo de se ver, não sou devota, não tenho essa ligação com o além, tá aquém do meu entendimento. Mas porra, eu respeito "prá" caralho esse lance. E Salve Jorge!

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Confissão

26 de abril de 2009, completei 30 anos, não me apegava e sigo não me apegando aos padrões, não me apregoe rótulos, não tenho tribo, não sigo modinhas (só as que eu quero, óbvio), mas se tem uma coisinha nessa minha vida que eu tenho que concordar com a mulherada, é como é, se me permitirem dizer, do caralho fazer 30 anos. Repito: é do caralho, e mais, dizem que aos 40 melhora, 50 nem se fala, e aos 60 virei praticamente a Susana Vieira, sensacional, rumo ao FODA-SE UNIVERSAL!!!
É povinho, a sensação foi essa, a sensação é essa, na maior parte do tempo, e é muitoooooo, digo muitooooo bom. Questõezinhas corriqueiras de toda mulherzinha, “tô tão bunduda com essa calça” FODA-SE, “nossa mas meu cabelo chapinhado, mega blaster liso supremo, a uns 15 minutos de dança, ta um puff” FODA-SE, “nossa eu estava com um alface no dente” FODA-SE, “será que eu tiro a carteira?” FODA-SE e a melhor “ele não ligou no dia seguinte” Quem? FODA-SEEEE!!!
Tem coisa melhor que isso? Tem, e não é que eu esqueci o grau Susana Vieira. Rumo aos 60 então!

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Letra (a minha) e música!
















Ouvindo música, a boa, ou pelo menos a que eu acho boa. Ela, a música, me transcende, eu consigo ir ao passado, eu me situo no agora e viajo loucamente para o futuro, eu sigo o ritmo, eu erro o passo, eu canto alto. A música me faz parar, me faz calar, me faz amar, ela, e somente ela é capaz de negligenciar o desamor, de retornar mais sábia, de colocar sentimentos em palavras e torna-los sentimentos de novo. 
Diz aí, você desse lado da telinha do PC, quantas vezes aumentou o volume do rádio na música preferida e cantou alto sem se importar quem olhava, parou em um lual de praia (chinfrinzinho, mas essencial para os primeiros anos da adolescência de durango kid) e entoou um "é preciso amaa aaaarrr as pessoas, como se não houvesse amanhã", fez rodinha com a Tchurma para encarar um bom e velho Ben Jor e o clássico dos clássicos (dedico a minha amiga querida: Fê)galera num baile de formatura dançando e cantando: Whisky à go go (brega é a mãe, isso é clássico rapá!).
A música pode, e ela te leva para onde você permitir, velha, brega, nova, clássica, como quiser, na vitrola, no ipod, no bom e véio aparelho de som, quando ela toca e toca a alma, a missão foi cumprida, vai por mim, ela é boa!!

segunda-feira, 26 de julho de 2010

I love mom

Manhã de um dia qualquer, bonecas na sala, mamadeira e a Nina (minha sobrinha, 1 ano e 2 meses). Sem fazer menção alguma, a Nina vira e dá de mamar as bonecas, olhando a cena, a nossa dôdô, a Rai, solta: o que é o instinto, né Dé?
Não deu tempo de pensar, eu só concordei com a Rai, mas caraca, como é isso? Momento: abre nuvenzinha, saca? E senta que lá vem a história, eu tenho que concordar com a Rai, mas "peralá", e toda aquela história das revistas, da independência, autosuficiência (esquisito não ter hífen, enfim), aquele papo todo de boteco com as amigas, principalmente os  com a minha irmã, (mãezinha fresca, como diria meu pai), quando tiver uma filha, eu não vou dar vassourinha para ela não, fogãozinho, que besteirol é esse, e eu, concordava, é (esse é, tá mais para um éhhhhhhhh), se a gente tiver filho homem, bôra dar vassoura para eles...ajudar a mãe, vamos criar uns homens de verdade!! Eu, particularmente, não acredito muito nesse lance de relógio biológico,  mas andei falando com umas queridas que me confessaram sonhar com gravidez, e acordaram felicíssimas, uau, choque, mulheres "independentaças", não que essas mulheres não possam ou não tenham o direito à maternidade, mas foi surpresa pra mim, eu podia recorrer ao google e buscar uma explicação, estudos, ciência, com a certeza que o assunto já foi, é e será tese para muitos, mas eu, por ora, me contento com o que vi. E cá para nós, que coisa mais graciosa o que a Nina aprontou, a titi morreu de amores, e que viva o instinto mommy!!

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Minha magrela

Eu lembro assim: circulando a garagem de casa, minha bike azul e branca, com rodinhas, meu vô Bastião no banco, não lembro quando tirei as rodinhas.
Eu lembro assim: vento na cara, sorrisão largo, pedalando freneticamente na descida da ladeira (ôpa, isso dá música!), eu não podia andar pelo meu bairro todo, o limite era a minha rua para cima e a rua da direita, até o fim e volta. Depois eu conseguia dar uma voltinha no quarteirão, eu tinha medo, minha mãe me colocava medo e hoje, eu entendo.
Eu lembro assim: as crianças que tinham bike vinham me chamar, não era todo mundo que tinha, e nós ficavámos nesse percurso, era a ordem das mães daquele tempo, não tinha infratores.
Eu lembro assim: férias de julho (essas para mim, que durante o ano escolar não saía, era a desforra)no final da rua direita tinha uma menina, tão criança quanto eu, que me xingou, dizem as más línguas, ou só inventaram para a farra acontecer, a repercussão foi grande(uauu), e ficou assim: quem tinha bike levou quem não tinha na garupa, e juntou criança, fomos todos, até o final da rua, cantarolando: "Se a Debora apanhar, olê, olê, olá, o pau vai quebrar" e claro, isso tudo em nossas "cecis", "bmxs" e genéricas.

Eu lembro assim: domingo de sol, minha tia, prima, um golzinho, minha ceci, FAU-USP. Ali em frente a FAU na USP, tinha um buraco enorme, e eu me esbaldava de andar de bike nele, minha prima inabilidosa que era, só gritava para minha tia: ôh mãe, manhê, manda ela parar, eu não consigo! Sorrisinho de canto de boca!
Eu lembro assim: primavera, Amsterdã, Rent a Bike, vento que corta na cara, pedalada nervosa, brecadinha de leve, só na "pedaleira" (ahh Muleka) e sorrisão bem, mais bem largo na cara!

terça-feira, 20 de julho de 2010

Com você, fique certo que jamais falhei!

Se tem uma coisa nessa minha vida que sempre foi fácil, foi a amizade, além de outras várias coisitas mais, abafa. Digamos assim, do meu clã, eu tive, tenho e certeza que terei, adoráveis doidas, eu particularmente adoro as doidas, elas dão um Foda-se para as convenções, e isso me agrada muito, frenéticas incansáveis, o nome já diz tudo, as neuróticas, ah, as neuróticas são quase as minhas preferidas, destilam todo o seu ódio à raça humana e conseguem rir disso, ouvintes apaziguadoras, daquelas que eu preciso para sanar um pouquinho da minha rigidez, definitivamente eu preciso delas, sou meio Martinho da Vila da amizade, sabe como é? ..."Já tive amigas de todas as cores, de várias idades"...hahah, Deborinha da Vila, péssimo!  
De qualquer forma, continuo adorando adora-las, porque o são! Digo mais, me disponho a fazer sempre, e que possível novas!
E eu fico por aqui, no dia da amizade ou do amigo, que seja,  sigo entoando com muita breja de garrafa, atrelada a qualquer doida de plantão, na pieguice cafona da melodia,..."quero chorar o teu choro, quero sorrir teu sorriso, valeu por você existir, amigo!!!

domingo, 18 de julho de 2010

De perto, é tudo igual!

Tampouco ia me sentar aqui para tal prosa, assim posso dizer? Que seja, domingo, frio, pouca expectativa de cair no samba-rock (que eu amo, e de paixão), o chá já foi posto, já foi degustado, não por mim, chá é água quente para o meu paladar, assim como a sopa, a diferença é que é salgada, odeio sopa, como a Mafalda, a do Quino, sabe? Humor ácido!!! Ademais, não é de água quente salgada ou doce que venho falar, a propósito eu não ia escrever nada, porque nada tinha a dizer, mas a minha mamita me mandou um e-mail de um amigo, dela, óbvio, que assim como eu, ou talvez como você, pontuou dúvidas tão minhas, que o homem bem-sucedido em todos os quesitos, se humanizou, deu vontade de pensar em até, se possível, dar um abraço no tio, e digo mais, acrescentar, um: você também? Porque eu achei que era só comigo!Todo mundo parece tão normal!(não se atenha a acepção da palavra, me compreenda, tá?)Quebra essa, seja normal, você também!
A verdade é que hoje é, o dia propício para refletir, por tudo que eu disse acima.
Valha me Deus, é muito agonizante parar para refletir, não sei como é para vocês, mas eu prefiro fugir desses domingos!
Pensando bem, bôra para o samba-rock!

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Santos Dumont que nada, a questão são as famigeradas 90 calorias!

Avião, Dominique, Wright, Dumont, rolamento, sinceramente, é esse o tipo de informação, conhecimento, em que eu prefiro me manter ignorante, tranquila com o título, sério. A máquina avião, é complexa demais para meu QI de menos, pra mim, querer saber sobre o funcionamento preciso, volto a repetir, dessa máquina, é arrumar pelo em ovo, e eu inconformada, obviamente, me pergunto, o por quê de certas pessoas (minha mãe, é uma delas), querer entender como, como, como?  Ele voa! Na minha singela análise, gente que tem medo de avião, é porque quer entender o como. Na minha santa ignorância, sigo com as já conhecidas e indubitáveis preocupações do tipo: será que vai ter lanchinho, saquinho de amendoin ou na pior das hipóteses, barrinha de alguma coisa?

terça-feira, 13 de julho de 2010

Por essa e por outras que eu sou do cafézin!

Quando eu falo em tomar um cafézin, quem se importa se você não bebe café, cá para mim, eu decidi aprender a apreciar o bendito, e entender sobre blend, arábico e gourmet, frisando: um pouco, só para servir de desculpinha, porque definitivamente quando eu pergunto: Cafézin? eu quero ouvir: topo!, mas nem sempre é isso que ouço, portanto, invertendo o jogo e conseguindo o que de fato me agrada, que é a companhia de queridos, eu aprendi a gostar de cafézin! Porque agora, quando eu pergunto: Cafézin? a resposta é: Você gosta, né Dé? E aí meus caros, ganho um "cherô" dos meus!