terça-feira, 10 de agosto de 2010

E quando é que a gente tem a certeza, hein?

Papo "brabo", dia desses (como diria meu tio Cide, tarbateano de arma), ganhei uns ingressos para ver uma peça, que fala sobre as questões que afligem a mulher de 30, eita ferro (como diria minha candaguinha preferida, Júrubeba), continuando, sem mais delongas, ganhei o par, portanto o dei a minha irmãzita, ela como a exemplo da peça e eu também, mulheres de 30.
Para que essa mulher independente, "pudesse" aceitar o convite, fez o que coube a ela fazer, deixar sua bebê devidamente alimentada, trocada, perfumada e "mamada" (no caso aqui, é de leite, viu?) entregue nas mãos do papá, que subitamente correu para a sua mãe (nada contra, fez mais que o certo, criança dá trabalho!!), afinal sua mulher que diga-se de passagem, carrega alimentada, mamada, trocada e perfumada para a casa da sua mãe antes das 9, para que as 9:15 seu celular comece a tocar e seja sua secretária dizendo que o paciente chegou e volte as 12:00, para uma paradinha clássica de lanche, banco e mais alimentada, mamada e perfumada, e o celular toca de novo, paciente, ah sim, por volta das 19:30, quem sabe 20:00, a mulher de 30 retorna para parada básica de lanchinho, ah e alimentada, trocada, perfumada e mamada, não tudo nessa mesma ordem, aqui no caso, a ordem nem sempre altera os fatores, vale citar nos 5 dias da semana, 20 no mês e 240 no ano, afinal, afinalll, ganhou uma alforria, de horas sim, mas ganhou. 
Alforria de si própria, do próprio julgamento, da culpa, da tola culpa das mães. A emancipação, esse papo todo de feminismo (chato, diga-se de passagem), independência, tudo muito confuso e muita incerteza sobre estarmos fazendo a coisa certa!

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